Porque não devemos usar caldos culinários nas refeições

 




 

Tal como o alho e outros alimentos, os cubos de caldo desidratado são uma forma rápida e eficaz de dar sabor à comida. São saborosos e práticos, mas podem ser prejudiciais se utilizados em excesso no entanto, sabia que estes pequenos concentrados de sabor têm vários perigos para a saúde?

Para Jean-Michel Lecerf, chefe do departamento de nutrição e actividade física do Instituto Pasteur, em entrevista ao site da Madame Fígaro, diz que “os cubos de caldo não têm nenhum valor nutricional, alerta "Em termos de fibras e vitaminas, está muito longe do que um caldo ou sopa caseiros podem fornecer. É um alimento ultra processado cujo único objectivo é acrescentar sabor à comida." Segundo problema, a quantidade excessiva de sal, que além de prolongar o prazo de validade do produto, também impede o desenvolvimento microbiológico na embalagem. Actua ainda como um "agente de volume", que assim aumenta o peso do cubo.

De acordo com uma experiência levada a cabo pela revista francesa 60 Millions de Consommateur, que testou 34 referências de cubos, metade destes continham mais de 25% do consumo diário de sal recomendado pela Organização Mundial da Saúde (5 gramas). Este excesso pode levar ao desenvolvimento de pressão arterial alta e cancro no estômago.

Terceiro perigo, o açúcar, neste caso sacarose e xarope de glucose. "É um dos elementos escondidos que ingerimos inconscientemente e que contribuem para reforçar o nosso apetite por açúcar", explica François Bouche, professor de ciência e tecnologia alimentar, também à Madame Fígaro. Por fim, e como se não bastasse, os cubos de caldo são ricos em corantes e intensificadores de sabor. Geralmente, os fabricantes acrescentam pigmentos de caramelo simples (E150a) para dar cor, mas há aqueles que optam por aditivos mais controversos, como o caramelo de amónia (E150c) e o caramelo sulfítico de amónia (E150d). São perigosos porque "a sua reacção química pode criar uma molécula classificada como possivelmente cancerígena pela Agência internacional para a Investigação do Cancro", diz Buche.

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