O estudo, publicado no New England Journal of Medicine, contou com 2.539 participantes com excesso de peso e obesidade que não tinham sido diagnosticados diabetes. O tratamento durou 72 semanas, ou seja, aproximadamente um ano e meio. Os participantes foram divididos em quatro grupos e receberam uma das três doses de tirzepatida – cinco miligramas (mg), 10 mg ou 15 mg – ou um placebo uma vez por semana. Foram também submetidos a uma dieta e praticaram exercício físico.
De acordo com os cientistas, metade das pessoas que receberam doses de 10 mg e 57% dos que receberam 15 mg perderam 20% ou mais do peso corporal durante o período do estudo. Segundo os investigadores, o fármaco imita hormonas naturais envolvidas na digestão, fazendo com que estes indivíduos.
"Devemos tratar a obesidade como tratamos qualquer doença crônica – com abordagens eficazes e seguras que visam mecanismos de doenças subjacentes – e estes resultados demonstram que a tirzepatida pode estar a fazer exatamente isso", disse a médica e principal autora do estudo, Ania Jastreboff, ao jornal The Guardian.
Por outro lado, apenas 3% dos participantes do grupo placebo conseguiram alcançar o mesmo feito. Além disso, alguns doentes queixaram-se de vómitos e diarreia, principalmente durante o aumento da dose.
A farmacêutica Eli Lilly precisa ainda de obter autorização para que o fármaco entre no mercado. Nos Estados Unidos, já conseguiu que seja usado para o tratamento da diabetes.
O estudo feito por investigadores da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, que demonstrou que o tirzepatida pode ser eficazes em pessoas obesas ou com excesso de peso.