Cólera faz disparar os alarmes em Wuhan


A universidade da cidade chinesa de Wuhan confirmou a existência de um caso de cólera no local, o que mobilizou automaticamente as autoridades para uma corrida ao rastreamento, tentando evitar novos contágios e o surgimento de um eventual surto. A notícia está a ser avançada pela agência Bloomberg.
O departamento de saúde daquele distrito informou que recolheu uma série de amostras, instaurou o rastreamento de contactos e fechou vários locais para desinfeção depois de ter confirmado que um estudante tinha a doença. Até ao momento ainda não foram detetados mais casos.
A cólera, uma doença viral que se espalha a partir de água ou comida contaminada, e que costuma causar sintomas como diarreia severa, é relativamente rara na China. Em março foi notificado um caso, que acabou por não passar disso, sendo que em 2021 houve cinco diagnósticos da doença.
A China classifica a cólera como uma doença de “Classe A”, o que a coloca ao lado das patologias mais perigosas, como é o caso da peste negra.
A Organização Mundial de Saúde refere no seu website que a maioria das pessoas infetadas pode ultrapassar a doença sem sintomas ou com sintomas ligeiros que podem facilmente ser tratados. Apesar disso, e caso não haja tratamento, a cólera pode mesmo matar. Ainda segundo a mesma organização, os investigadores estimam que todos os anos surjam entre 1,3 a 4 milhões de casos de cólera que acabam por resultar entre 21 mil a 143 mil mortes.
O acesso a água potável e a condições sanitárias mínimas é essencial para prevenir o aparecimento de cólera, bem como de outras doenças. Esta patologia é comum após catástrofes naturais como ciclones ou terramotos, como foi o caso de surtos recentemente identificados em países como Moçambique ou Haiti.
Há algumas semanas surgiu a possibilidade de um caso de cólera em Espanha, o que fez disparar os alarmes. Entretanto o Instituto de Saúde Carlos III veio esclarecer que, apesar de a pessoa infetada o ter sido com a bactéria que provoca a cólera, a doença não foi diagnosticada na menor da Comunidade de Madrid.
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