O avançado Karim Benzema acaba de anunciar, esta segunda-feira, em dia de aniversário (35 anos), o adeus à seleção francesa, menos de 24 horas depois de a França ter sido derrotada na final do Mundial, diante da Argentina.
«Fiz todos os esforços e cometi todos os erros para chegar onde estou hoje e tenho orgulho nisso. Escrevi a minha história e a nossa acaba aqui», pode ler-se nas redes sociais do jogador.
O atacante do Real Madrid, último vencedor da Bola de Ouro, somou 97 internacionalizações e 37 golos, numa relação tempestuosa que levou ao seu afastamento durante seis anos, na sequência de uma polémica a envolver o então companheiro de seleção Mathieu Valbuena – Benzema acabou mesmo condenado pelo tribunal por ter sido cúmplice em crime de chantagem, embora com pena suspensa de um ano.
Voltou no ano passado, depois de perdoado por Didier Deschamps, mas a relação nunca terá sido a melhor e voltou a deteriorar-se nos últimos tempos. A gota de água foi a dispensa do avançado, por lesão, antes do início do Mundial, já em Doha, que Benzema considerou ter sido prematura, e a sua não substituição por outro jogador, de tal forma que Benzema recuperou antes da final e poderia ter sido chamado para o jogo decisivo, mas para Deschamps nunca sequer foi tema, percebendo-se o desconforto do assunto.
Apesar de a continuidade do atual selecionador não ser certa, Benzema não quis esperar e decidiu mesmo renunciar.