Já pensou em assistir ao filme antes de todo mundo e ainda participar com um feedback que pode ajudar no roteiro? A Netflix já tem um programa que possibilita isso, mas agora ela pretende aumentar sua base de usuários com acesso ao serviço.
Em maio deste ano, o portal Variety apontou um programa da Netflix que possibilitava alguns usuários verem filmes com meses de antecedência. Segundo o artigo, a empresa estava testando o recurso desde maio de 2021.
Então, após assistir ao programa ou filme, o usuário se submetia a um feedback sobre a obra. Embora pareça revolucionário, este é um passo comum entre as produções de Hollywood, de modo que pode ser muito útil se bem feito.
Após ser escolhido, o assinante precisa concordar em manter sigilo através de um termo de confidencialidade. Este recurso, inclusive, deu uma grande ajuda para “Não olhe para cima”, tornando o filme mais descontraído. Após alguns feedbacks, os produtores desenvolveram mais a parte cômica do título, que foi a cereja no bolo.
Os teste começaram nos EUA, com uma base de 2000 usuários, no entanto, a empresa planeja aumentar este número para algumas dezenas de milhares. A partir de 2023, o serviço ficaria disponível no mundo inteiro.
Segundo o WSJ, “A Netflix está trabalhando para garantir que cada dólar gasto em conteúdo gere o mais alto nível de atenção e envolvimento dos membros”. Afinal, esta é uma era em que as gigantes do streaming estão em busca de lucratividade. Pois, além de captar novos clientes, elas precisam ser interessante para os investidores.
Conforme apontou o TechCrunch, alguns membros do Netflix Preview Club divulgaram que apenas convidados podem ingressar. Desse modo, os convites chegaram por e-mails. Contudo, não há nenhuma informação sobre este novo momento de inscrição dos usuários que integrarão a nova base de “críticos”.
Com a estimativa de investir US$17 bilhões em conteúdo no próximo ano, é imprescindível que o “tiro” seja preciso. E como os feedbacks se mostraram assertivos, é possível que a empresa amplie isso, mas não quis comentar a respeito com nenhuma fonte além do WSJ.