A ação pela acusação de abuso sexual de um adolescente em Massachusetts, há décadas, foi considerada improcedente.
O ex-arcebispo de Washington, Theodore McCarrick, foi destituído pelo Papa Francisco em 2019, depois de uma investigação interna do Vaticano ter concluído que molestou sexualmente adultos e crianças.
Durante a audiência, uma psicóloga contratada pela acusação afirmou ter detetado défices significativos na memória de McCarrick durante duas entrevistas feitas em junho e acrescentou que o antigo arcebispo era frequentemente incapaz de se lembrar do que tinham discutido momentos antes.
"Não se trata apenas do facto de ele ter atualmente estes défices", disse a psicóloga, Kelly Nelligan. "Não há maneira de eles melhorarem", pormenorizou.
Sem poder recordar as discussões, não poderia participar com os seus advogados na sua defesa, argumentou a psicóloga
McCarrick esteve presente na audiência através de videoconferência e não falou.
O outrora influente prelado americano enfrentou acusações de ter abusado de um adolescente numa receção de casamento no Wellesley College, em 1974, de que se declarou inocente.
Em abril foi também acusado de ter agredido sexualmente um jovem de 18 anos no Wisconsin, há mais de 45 anos.
Em fevereiro, os advogados de McCarrick pediram ao tribunal que arquivasse o processo, dizendo que um professor de psiquiatria e ciências comportamentais da Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins o tinha examinado e concluído que padecia de demência.
Na altura, os advogados disseram que McCarrick tinha uma "compreensão limitada" sobre o processo penal que lhe foi movido.
McCarrick, que vive no Missouri, foi alvo de três acusações de atentado ao pudor e agressão e não ficou isento de enfrentar essas acusações de há décadas, porque o prazo de prescrição foi interrompido quando deixou o Estado de Massachusetts.