Mais de cem convidados, música, comida e um discurso que se esperava de anúncio de noivado - mas saiu tudo ao contrário. Massimo Segre e Cristina Seymandi, dois membros da alta sociedade italiana, protagonizaram um momento de escândalo quando o empresário acusou a companheira de traição e terminou o noivado em público.
Tudo começou com um “sempre pensei que amar uma pessoa é desejar o seu bem mais do que o seu próprio bem”, durante o discurso na festa de 28 de julho. Os convidados do evento privado aguardavam o momento alto da noite: o anúncio do noivado de Massimo Segre, de 64 anos, e de Cristina Seymandi, de 47, cujo casamento já tinha sido adiado três vezes.
Mas o discurso assumiu um curso que não era o expectável: “Quero dar à Cristina a liberdade de amar. Mais concretamente, a outra pessoa, um advogado conhecido”. A companheira estava de pé, congelada ao lado dele, enquanto segurava um ramo de flores, e o banqueiro de Turim continuava: “Querida Cristina, vai para Mykonos com o teu advogado. Sê feliz com ele, está tudo pago, tal como a viagem ao Vietname".
O monólogo de Massimo Segre estendeu-se por cinco minutos, durante os quais as acusações de traição por parte da companheira com vários homens, inclusive o seu advogado, continuavam. “Ela é tão boa a dizer a verdade que eu não podia deixar que fosse ela a dizer a razão pela qual estou a terminar a nossa relação esta noite”, disse o noivo - perdão, ex-noivo.
O momento foi gravado e está a correr o mundo digital. Após terminar o discurso, o banqueiro abandonou a festa e a casa, sem trocar uma palavra ou um olhar com Cristina Seymandi, acompanhado de quatro guarda-costas.
A audiência gelou com o discurso. “Eu nunca teria imaginado uma noite assim. Se me tivessem dito que Segre planeava fazer o que fez, certamente não teria aceitado o convite”, garantiu o DJ Maurizio Arena, citado pelo Corriere della Sera. Contratado para animar a festa, Maurizio Arena disse ainda: “Eu tentei reavivar a atmosfera com música de Bob Sinclar, queria acabar com aquele silêncio glacial. Há décadas que faço este trabalho e nunca me tinha acontecido algo assim”.
Cristina Seymandi, que também tinha laços profissionais com o agora ex-noivo, defendeu-se em declarações ao Corriere della Sera, após dias de silêncio. “Quando ele começou a falar pensei que era uma piada”, conta, garantindo que ter ficado “petrificada” quando percebeu o que estava a acontecer. E acrescenta: "Eu, Massimo Segre e a minha filha éramos uma família. Depois, com o seu gesto violento, deitou tudo a perder".
A empresária acusa Massimo Segre de “um ato de violência aberrante”, inclusive de violência machista. “Ele poderia ter procurado o diálogo comigo. Talvez tivéssemos chegado às mesmas conclusões, mas de uma forma completamente diferente”, disse. E continuou: “Se a mesma coisa tivesse acontecido com as partes invertidas, as reacções teriam sido muito diferentes. Em vez disso, sou uma mulher e neste mundo isso faz uma grande diferença”.
Cristina Seymandi confessou ainda estar a ponderar apresentar uma ação judicial contra ele.