Um pescador morreu depois de ser arrastado por um crocodilo
no rio Zambeze, em Sofala, centro de Moçambique, disse hoje à Lusa o
administrador do distrito de Chemba.
O homem, de 59 anos, foi “arrastado para o fundo do rio
Zambeze por um crocodilo”, quando “retirava a rede de pesca”, na segunda-feira,
em Chemba, explicou Paulo Quembo, administrador local.
Segundo o responsável, o distrito registou este ano pelo
menos cinco mortes por ataques de crocodilo e um ferido grave por ataque de um
hipopótamo.
Paulo Quembo apontou a falta de fontes de água potável na
vila sede, a pesca, a travessia para as ilhas locais para cuidar de campos
agrícolas e os banho nas margens como algumas das situações que propiciam
ataques nos rios.
“A situação pode piorar agora que entramos no verão, uma
altura em que muitas pessoas se fazem aos rios para tomar banho”, referiu o
responsável.
Os incidentes com animais selvagens são comuns nas zonas
rurais em Moçambique e as margens de rios acarretam um risco acrescido.
O crocodilo é um dos animais que mais vítimas mortais causa
anualmente em Moçambique, tendo sido responsável por 76 mortes em 2020, segundo
dados da Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC) relativos a
incidentes registados – muitos não chegam a ser reportados.
De acordo com o organismo, os crocodilos mataram mais pessoas em Fevereiro, Janeiro e Dezembro, meses da estação das chuvas, que em Moçambique decorre de Outubro a Março.