Fernando Santos foi esta terça-feira apresentado como novo treinador do Besiktas e, em conferência de imprensa, assumiu que os primeiros jogadores a ligarem-lhe foram Pepe e Ricardo Quaresma.
"É naturalmente uma enorme honra estar aqui a representar este gigante do futebol turco - e não só. É um clube com 120 anos de história e um país com uma cultura que tem muitas semelhanças a Portugal, e tudo isto é marcante para mim. Vamos com serenidade e muita tranquilidade analisar o plantel. Ver na televisão é diferente de ver nos treinos, nos jogos, de estar aqui perto. Tenho muita experiência e sei que é muito importante ter qualidade, mas depois é preciso carácter, paixão, que vivam intensamente o clube tal como os adeptos. É muito importante criarmos uma família", começou por referir.
E prosseguiu: "Não podemos fazer coisas sem nexo, temos de procurar acertar nas nossas escolhas. Por aquilo que vi nos jogos, acho que podemos crescer mesmo com estes jogadores. É preciso trabalhar muito em conjunto. Os primeiros a telefonarem-me foram o Pepe e o Quaresma. Deram-me os parabéns e disseram-me que vinha para um clube enorme. Tenho aqui o meu telemóvel cheio de mensagens dos meus jogadores a desejarem-me felicidades, a mim e ao Besiktas. Os que aqui estiveram falaram-me sobre a grandeza do clube. Sei que o futebol na Turquia é uma paixão muito grande. Um amigo disse-me que um dia ia a passar ao pé do estádio do Besiktas e que havia tanta gente fora do estádio como dentro. Mas só podemos vencer os nossos adversários se os conseguirmos respeitar".
O antigo selecionador nacional garantiu ainda que vai fazer tudo para levar o Besiktas ao sucesso e que só a palavra ganhar consta no seu dicionário: "Eu e os meus assistentes analisámos bem os jogos. Claro que temos alguns constrangimentos, porque alguns jogadores foram para a CAN, mas analisámos os jogos e conhecemos as questões táticas. Cada treinador tem a sua tendência, a sua personalidade e maneira de pensar o jogo, e é isso que vou tentar implementar. Há uma coisa que sempre tive presente enquanto treinador: ganhar. Detesto perder. Não sou capaz de dormir. E para ganhar há uma coisa fundamental, que é lutar. Se não fizermos isso podemos ir buscar todos os jogadores. Se não quisermos 'morrer' em campo por este clube, não vai funcionar", rematou.