O secretário da Defesa dos EUA, Lloyd Austin, já teve alta hospitalar e vai retomar o trabalho remotamente enquanto continua a recuperar do tratamento contra um cancro da próstata, revelou o Pentágono.
Austin, de 70 anos, estava internado desde o dia 1 de janeiro, segundo a BBC. "Austin progrediu bem durante a sua hospitalização e está a recuperar", disseram os médicos do Centro Médico Militar Nacional Walter Reed. Os médicos garantiram que o cancro na próstata de Lloyd Austin foi tratado de forma precoce e eficaz, adiantando ainda que o prognóstico do secretário da Defesa norte-americano era "excelente".
A hospitalização de Austin esteve envolta em polémica, uma vez que só foi conhecida na noite de 5 de janeiro. Para além de ser desconhecida do grande público, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, só ficou a saber do internamento no dia 4 por parte do Pentágono.
Face à quebra de protocolo, a Casa Branca teve de esclarecer que Joe Biden não estava a considerar demitir o secretário de Estado da Defesa. A porta-voz de Biden garantiu que este tem "total confiança" em Lloyd Austin, apesar do seu atraso em informá-lo da hospitalização.
Na passada semana, o Pentágono anunciou o lançamento de uma investigação interna, liderada pelo inspetor-geral do Departamento, Robert Storch, devido à falta de comunicação entre gabinetes.
O cancro de Lloyd Austin foi descoberto no início de dezembro e o responsável norte-americano foi submetido a um "procedimento cirúrgico minimamente invasivo" no dia 22 desse mês, denominado prostatectomia. Depois, acabou por sofrer uma infeção urinária pelo que foi novamente hospitalizado.
O secretário de Defesa, de 70 anos, está imediatamente atrás do Presidente, Joe Biden, na cadeia de comando militar dos EUA e desempenha um papel central nos numerosos teatros de guerra em que os Estados Unidos estão envolvidos em todo o mundo, incluindo o conflito entre Israel e o grupo islamita Hamas, os ataques contra os Huthis no Mar Vermelho ou a guerra na Ucrânia.